Galeraaa... a Sexta Cultural foi um sucesso!!!Voltou com força total!!Muito obrigada pela presença de todos e todas e espero que possamos nos encontrar em outras sextas culturais.
Vou deixar aqui uma matéria sobre a história da Sexta Cultural, feita por
Carolina Rigueto Ferrari.Sextas Culturais: o projeto cultural alternativo que virou evento proibidoAs Sextas Culturais e a cantina são os grandes mitos dos alunos da Faculdade de Comunicação. Mesmo aqueles que não viveram a experiência de desfrutar de ambos sentem saudade da época em que a Facom era o lugar onde tudo acontecia. Atualmente, a famosa Cantina da Sônia cedeu lugar a salas de aulas e as badaladas Sextas Culturais não passam de um evento que só sobrevive na memória de alguns.
As Sextas Culturais começou de maneira despretensiosa, no segundo semestre de 1991, com a reunião de um pequeno grupo de amigos que se encontrava próximo ao Diretório Acadêmico Wladimir Herzog para tocar violão e beber cerveja. Desse grupo de amigos surgiu a “Cia de Ação”, formada pelos alunos da Facom Nivaldo Alvarenga e Andréia Castilho. Com o crescimento desses encontros a dupla decidiu profissionalizar o evento que passou a ser semanal.
“Minha turma chegou em 1989 e foi a primeira a começar o curso no prédio novo. Até então a Faculdade de Comunicação era um anexo da Faculdade de Direito. Quando a gente chegou naquele prédio ele tinha muito espaço. Então eu senti uma necessidade de um espaço que pudesse gerar uma maior sinergia entre os alunos, fazer as pessoas se conhecerem. Ai eu tive idéia de promover esses encontros”, explica o ex-aluno Nivaldo Alvarenga.
Nivaldo lembra que a programação era bastante eclética e composta por três etapas. “Primeiro era exibido um filme de arte, um filme dito cult. Depois havia alguma atividade intermediária como uma exposição de quadros, uma mostra de fotografia, o lançamento de um livro, um desfile de moda ou uma roda de capoeira. E por fim, quando as aulas estavam terminando, era realizado um show. Os ritmos eram bem variados, às vezes era MPB, outras vezes era pagode e muitas vezes era rock”, conta.
Com um cardápio cultural variado, rapidamente as Sextas Culturais se tornou um grande atrativo para o público e para os veículos de comunicação. “O evento começou a despertar o interesse não só dos alunos da Faculdade de Comunicação, mas também o interesse dos alunos dos cursos anexos como administração, economia e direito. Depois atraiu o interesse de todo o Campus e por fim despertou o interesse da cidade como um todo. Foi objeto, várias vezes, de reportagem de emissoras de TV e Rádio, que faziam flashes ao vivo da Facom”, comenta Nivaldo Alvarenga.
As Sextas Culturais impulsionou a cena cultural de Juiz de Fora. Bandas de repercussão regional como “Lambari detona a ponte e não deixou ninguém passar” e “Xad Caramelo” usaram o palco da Sexta para divulgar seu trabalho. “Um momento importante foi quando a cantora Ana Carolina, ainda incipiente em sua carreira, deu um show na Sextas Culturais. Isso deu a ela uma visibilidade que até então ela não tinha” afirma Nivaldo Alvarenga.
Após um ano de sucesso, as Sextas Culturais se tornou um projeto de extensão aprovado pela Pró-Reitoria de Extensão e Apoio a Comunidade. Com isso os integrantes passaram a receber uma bolsa o que deu um novo ar de profissionalismo para a empreitada.
Nivaldo conta que em 1994, com a formatura dos integrantes da “Cia de Ação”, o projeto foi entregue ao D.A. “Mas isso não funcionou muito bem porque não existia uma liderança, uma pessoa responsável pela programação, pela divulgação. E ai o projeto, pouco a pouco, deixou de ser semanal. Passou a ser quinzenal e depois mensal. Houve até uma espécie de briga econômica dos fundos de formatura que começaram a organizar o evento. Cada sexta um fundo de formatura fazia. Com isso o projeto perdeu a homogeneidade e, de certa forma, foi o começo do fim”, desabafa.
A professora da Facom, Letícia Torres, recorda que com a implementação dos cursos noturnos as Sextas Culturais foram proibidas. “Começou a haver muita reclamação, pois seria impossível ter aula naquele bloco todo. Assim as sextas culturais foram raleando e por fim acabaram. Um dos que mais reclamava e que pedia a proibição e o falecido professor Beto, que era Diretor da Faculdade de Educação na época”, lembra.
Gerações posteriores resgataram o evento realizando-o uma vez a cada semestre para recepcionar os calouros. Além da Sexta Cultural, o D.A. promovia, ainda, oficinas de vídeo e de fotografia, debates e palestras para os alunos que chegavam. Atualmente a realização de festas no Campus está proibida colocando um ponto final na tradicional Festa da Facom. No entanto o D.A. continua promovendo as outras atividades como forma de integração com os novos alunos.